Introdução
Você sabia que setembro é o mês dedicado à conscientização sobre a prevenção do suicídio? A campanha Setembro Amarelo surgiu com o objetivo de abrir espaço para conversas importantes sobre saúde mental, combater o estigma em torno do sofrimento psicológico e, principalmente, salvar vidas.
Mesmo sendo um tema delicado, o suicídio é uma realidade que precisa ser discutida com responsabilidade e acolhimento. Falar sobre isso não incentiva — ao contrário, pode ser o primeiro passo para oferecer apoio a quem está passando por um momento difícil.
O que é o Setembro Amarelo
A campanha Setembro Amarelo foi criada no Brasil em 2015 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM). Ela surgiu como uma resposta à necessidade urgente de falar sobre suicídio de forma aberta, responsável e sem tabus. O dia 10 de setembro marca o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha se estende por todo o mês, com ações de conscientização em escolas, empresas, espaços públicos e nas redes sociais. O amarelo foi escolhido como símbolo por representar luz, vida e esperança.
Por que falar sobre isso
Durante muito tempo, o suicídio foi tratado como um assunto proibido — envolto em medo, preconceito e desinformação. Esse silêncio, no entanto, pode ser perigoso. Falar sobre saúde mental, acolher o sofrimento emocional e desmistificar o suicídio são atitudes fundamentais para a prevenção. Ao contrário do que muitos pensam, conversar com alguém em sofrimento não “estimula” o suicídio — na verdade, pode ser exatamente o que essa pessoa precisa para se sentir ouvida e buscar ajuda. Abrir esse diálogo é um passo essencial para salvar vidas e construir uma sociedade mais empática e preparada para lidar com o sofrimento humano.
Sinais de alerta e formas de ajudar
O sofrimento emocional nem sempre é visível, mas existem sinais que podem indicar que alguém está passando por um momento difícil. Entre os principais estão: mudanças bruscas de comportamento, isolamento repentino, perda de interesse por atividades antes prazerosas, alterações no sono e no apetite, frases como “queria desaparecer” ou “não aguento mais”, além do uso abusivo de álcool ou drogas. Ao perceber esses sinais, o mais importante é ouvir com empatia, sem julgamentos ou pressões. Frases simples como “Você quer conversar?” ou “Estou aqui para o que precisar” podem fazer uma grande diferença. Em alguns casos, ajudar também significa incentivar essa pessoa a procurar apoio profissional — e, se necessário, acompanhá-la nesse processo.
Onde buscar ajuda
Se você ou alguém próximo está enfrentando um momento difícil, é importante saber que ajuda existe e está ao alcance. O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional gratuito e sigiloso, 24 horas por dia, pelo telefone 188 ou pelo site www.cvv.org.br. Também é possível buscar atendimento em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), postos de saúde e com profissionais da área de psicologia e psiquiatria. Pedir ajuda não é sinal de fraqueza — é um ato de coragem.
Falar pode salvar vidas
Conscientizar, acolher e escutar são atitudes simples que podem ter um impacto profundo. O Setembro Amarelo é um lembrete de que ninguém precisa enfrentar a dor sozinho. Que possamos usar este mês — e todos os outros — para promover a escuta, a empatia e o cuidado com a saúde mental.
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